sábado, 25 de agosto de 2012

Flash: Homenagem aos Fãs da Semiáridos!

Neste primeiro ano de existência da banda, divulgamos catálogo com algumas fotos de quem já participou dos nossos shows. Confira alguns momentos:


































sábado, 4 de agosto de 2012

Bruno Silva fala sobre: Um ano de existência da Semiáridos


O Vocalista e baixista da banda conta sobre o surgimento e os obstáculos de um dos maiores grupos de rock de Conceição do Coité-BA. Confiram nessa matéria especial em comemoração a um ano de existência da Semiáridos:

A Origem:

Eu estava envolvido na organização do Vó Bizu Festival Cultural de 2011 quando de repente pensei que tanto esforço para realizar uma festa daquele porte sem muitos recursos e patrocínios e de repente perder aquela oportunidade de apresentar o trabalho que sempre sonhei em desempenhar, desde longas datas na Espíritos em Êxtase (Tanquinho-BA); Sexto Sentido (Feira de Santana-BA) ou na Agave (Conceição do Coité-BA), minhas ex bandas, seria muito pouco inteligente de minha parte. Foi quando pensei em chamar alguns amigos para formarmos um grupo e ensaiarmos com o fim de se apresentar no evento. E caso sentíssemos que daria certo a continuidade do projeto, levaríamos à diante.
Isso foi em meados de Julho/2011, quando eu me reuni com Dudu Silva (guitarra base), Wagner Matos (vocal), Raul Matos (guitarra solo) e Flávio Lima (bateria), onde assumi o baixo e os vocais também. Como Wagner Matos, o outro vocalista tinha um projeto diferente do que eu havia idealizado, pensamos em fazer nessa apresentação, a união dos dois projetos que tocaríam ao mesmo tempo no palco. Onde intercalávamos as músicas, comigo cantando algumas e Wagner cantando outras, sendo que as músicas cantadas por Wagner representávam a banda Simetria, seu projeto; enquanto as cantadas por mim, representávam a Semiáridos.
E assim realizamos a primeira apresentação da Semiáridos, que foi em conjunto com a Simetria, no dia 10/09/2011, depois de muitos ensaios que fizemos em minha casa. E como obtivemos uma boa aceitação do público, decidimos levar mesmo o projeto à diante. Contudo a partir da nossa segunda apresentação, a banda já se apresentava desvinculada da Simetria. Comigo (Bruno Silva) nos baixos e vocais; Raul Matos na guitarra e Flávio Lima na bateria.
Dessa forma atípica, surgiu a Semiáridos.

O Nome:

Por que Semiáridos? Essa é uma pergunta frequente em quase todos os lugares que comparecemos. O fato é que o estilo de música que tocamos está inserido numa mescla entre o rock and rool, nosso forte, estando aí evidenciados subestilos ligados ao pop rock, ao punk e até ao reggae e rítmos nordestinos, como o xote, o baião e o forró agalopado. O que nos caracteriza como uma banda de rock com elementos da nossa região semiárida. E além disso, dada a nossa forte paixão pela nossa região de origem, o nome sugerido por mim: Semiáridos, teve uma excelente aceitação pelos outros integrantes da banda. Havíamos pensado em outros nomes do gênero, como Vegetação Caatinga, que acabou se tornando nome de uma de nossas músicas.
O termo "árido" além de adjetivar o clima ou terreno com pouca humidade, em se tratando de indivíduos, ele pode também ter o significado de bravo, corajoso, sagaz, que incomoda, enquanto que o termo "semi", vem trazer o equilíbrio ou amenizar o efeito do incômodo causado, no nosso caso, pela voracidade das críticas sociais explícitas em nossas letras de músicas.
Assim, por tudo isso, Semiáridos.

Os Obstáculos:

Formar uma banda de rock na nossa região, além de sonho, paixão e vontade de mudar as coisas é acima de tudo um exemplo de coragem. Quando a gente vai fazer um show em conjunto com outras bandas de nossa cidade, como a Noite so Rock do dia 13/07/2011 quando tocamos com a Agave, a Simetria e o grupo Friech, todos de Conceição do Coité, a gente percebe que vem crescendo a quantidade de roqueiros corajosos. Isso sem contar a Paz de Espírito, formando o total de cinco bandas. Aliamos o trabalho das bandas ao trabalho de grupos que organizam eventos e promovem discussões sobre o tema, como o Vó Bizu Café Literário, o Abrigo Rock Bar e a Sociedade Coiteense Amantes do Rock, e disso resulta um grande grupo movidos pela coragem que fazem o rock da cidade.
Digo movidos pela coragem, porque normalmente os recursos oriundos de patrocínios para o alimento do rock local é o mínimo possível, bem como a iniciativa pública também não demonstra interesse em realizar eventos do gênero. 
Nós da Semiáridos estamos nesse contexto desfavorável, mas remando com nossas próprias forças. E graças aos nossos esforços e à existência desse grupo de roqueiros de nossa cidade, temos conseguido tocar tanto aqui em Coité quanto em cidades próximas, como Serrinha e Feira de Santana.
Salientamos que em muitos casos, nós insistimos mesmo em nos apresentar e buscamos fazer nossos shows, mesmo quando a organização do evento demonstra certos receios, como os dos quais sempre ouvimos: "Vocês querem tocar rock aqui? Mas o povo não gosta de rock." Nós rebatemos afirmando que os que não gostam é porque não o conhecem direito. É preciso então criarmos as oportunidades para apresentar o verdadeiro sentido do rock para as pessoas: Um estilo revolucionário, de letras inteligentes, críticas, com sentido poético e social.
Então o conselho que damos é estar sempre lutando por aquilo em que acredita, independente do tamanho do obstáculo. Eu diria que graças à nossa persistência, temos músicas próprias, Cds gravados: Germinar; Semiáridos e Simetria ao vivo além de DVDS: Vó Bizu Festival Cultural ( com mais 4 bandas) e Semiáridos e Simetria ao vivo (Coleção Na Íntegra) além de fortes perspectivas em nos profissionalizar cada vez mais e divulgar cada vez mais o nosso trabalho. Afinal de contas, essa é nossa meta, esse é nosso objetivo!